Petista não vê derrota como repúdio dos gaúchos ao seu governo
Petista não vê derrota como repúdio dos gaúchos ao seu governo | Foto: Mauro Schaefer |
Derrotado por José Ivo Sartori na tentativa de reeleição ao governo do Estado, Tarso Genro esperou a divulgação dos primeiros números da apuração da eleição presidencial para fazer seu pronunciamento na noite deste domingo. O petista iniciou saudando os correligionários pela vantagem de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves e disse respeitar o resultado da eleição no Rio Grande do Sul. Para Tarso, o pleito mostra que o povo gaúcho demonstrou querer mudanças.
“Cumprimento o governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que fez uma campanha integra na visão de como fazer uma disputa eleitoral. Nós temos que respeitar e dar importância para a soberania popular em um momento como esse. Foi um processo em que tivemos muitos debates. A população acompanhou e fez a sua opção, temos que respeitar. Apresentamos um projeto de futuro e a maioria da população optou por outro projeto. Desejamos uma boa gestão, nós estaremos da nossa parte defendendo as conquistas do nosso governo, que foi bem avaliado”, disse Tarso logo na abertura de seu discurso.
“Nós fizemos uma boa campanha no primeiro turno, uma bela campanha no segundo. Estamos muito felizes com a vitória da presidente Dilma e, claro, um pouco triste pelo resultado aqui. Nós achávamos que deveríamos seguir esse trabalho, mas entendemos que o povo gaúcho não quis dar sequência a isso. Temos que respeitar o resultado das urnas”, seguiu.
Tarso admite possível falha no diálogo
Na coletiva concedida após o discurso, Tarso Genro foi questionado se via a derrota como uma forma de repúdio dos gaúchos ao seu governo. O petista rechaçou e garantiu que deu espaço para as diferentes posições nos seus quatro anos no Piratini. “O nosso governo foi aberto, tanto é verdade que várias pessoas que apoiaram o nosso adversário estavam no conselho de desenvolvimento social. No nosso governo não faltou diálogo. Não encaro o resultado das eleições como repúdio a nossa capacidade de governar. Só se foi a essa forma de diálogo, mas isso é algo que teremos que avaliar na sequência”, disse.
Tarso ainda falou sobre a questão do piso do pagamento do magistério, que não acredita ter sido decisivo para sua derrota. “Não acho que o piso tenha prejudicado a nossa reeleição. Tenho convicção de que nós tivemos apoio de mais de 70% do magistério aqui no Estado. Demos o maior aumento do magistério na história do Estado. Vejo que essa questão do isso não prejudicou o nosso adversário, que não encarou essa questão como relevante.”
Fonte: Correio do Povo
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